Para sempre outra vez

À Nelsom Brawers e Lordsir Pena

Lá estamos reunidos.

Pisando as flores mortais da saudade.

Porque somos feitos de afago e brisa.

Sobre a aragem de verão,

Nas veias cicatrizadas pelo espanto.

Nas palavras de espelho.

Nas cenas de crepúsculo.

O mundo pacificado,

Ri e dança.

Estamos fortes e humildes.

Nas palavras de espelho e olaria.

Dissipando a razão espoliada no vento breve

Tão lunar de asas transparentes.

Neste instante exato da flor no solo,

Das mãos nos bolsos, simples transeuntes.

Sobre vias, pontes, praças,

Ruas de almas tranquilas,

Como a ninar quebrantos.

Seguimos nós a galáxia onipresente.

Lendo paixões nômades,

Dos doze filmes derramados.

Entre danças, garrafas e perfumes.

Onde estamos outra vez,

Entre o começo e o fim

Do isento mundo pacificado.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 01/08/2011
Reeditado em 01/08/2011
Código do texto: T3132397
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