Para sempre outra vez
À Nelsom Brawers e Lordsir Pena
Lá estamos reunidos.
Pisando as flores mortais da saudade.
Porque somos feitos de afago e brisa.
Sobre a aragem de verão,
Nas veias cicatrizadas pelo espanto.
Nas palavras de espelho.
Nas cenas de crepúsculo.
O mundo pacificado,
Ri e dança.
Estamos fortes e humildes.
Nas palavras de espelho e olaria.
Dissipando a razão espoliada no vento breve
Tão lunar de asas transparentes.
Neste instante exato da flor no solo,
Das mãos nos bolsos, simples transeuntes.
Sobre vias, pontes, praças,
Ruas de almas tranquilas,
Como a ninar quebrantos.
Seguimos nós a galáxia onipresente.
Lendo paixões nômades,
Dos doze filmes derramados.
Entre danças, garrafas e perfumes.
Onde estamos outra vez,
Entre o começo e o fim
Do isento mundo pacificado.