OBRA DO CRIADOR
Em tarde de chuva fina
no recanto em que me escondo.
olhando pela janela
uma tela enxergo.
A grama molhada convida
a passarada a se banhar.
Folhas úmidas balançam
num espetáculo de balé.
Um cheiro de terra embebida
invade todo o entorno.
E a plantação se abre
sugando cada gota de vida que cai.
Cavalos correm pelo pasto
numa alegre brincadeira.
Na estrada já se pode ver
a lama que se desenha além da porteira.
Que gostoso oásis sertanejo
posso ver da minha janela.
Um canto de amor e cor
pintado com as mãos do criador.