(((((:::::ESTRELAS DESERTAS:::::)))))
O silêncio - perco-o e recupero-o como o tempo da tristeza
Mas devora-me a noite ao aproxima-se da chama
no morrer do vento acariciando-me a mão inacabada
Interminavelmente o sono, ainda demora,
estrelas desamparadas e desertas,
no seu olhar havia uma promessa
um desafio num relance de nuvem mas sem pressa
que fosse ao sol-poente a derramar-se em praias
e um brilho mais sombrio quase lume de uma orquídea brava
Permanece a espera ardendo os poros de minha entrega
e o grito da revolta na retina de um tempo que demora demais
minutos eternos que se alastram sobre as pétalas, mais e mais
Rompo o silencio no som da lágrima que abarca a noite
num beijo profundo e quente de saudade.