(((((:::::ESTRELAS DESERTAS:::::)))))

O silêncio - perco-o e recupero-o como o tempo da tristeza

Mas devora-me a noite ao aproxima-se da chama

no morrer do vento acariciando-me a mão inacabada

Interminavelmente o sono, ainda demora,

estrelas desamparadas e desertas,

no seu olhar havia uma promessa

um desafio num relance de nuvem mas sem pressa

que fosse ao sol-poente a derramar-se em praias

e um brilho mais sombrio quase lume de uma orquídea brava

Permanece a espera ardendo os poros de minha entrega

e o grito da revolta na retina de um tempo que demora demais

minutos eternos que se alastram sobre as pétalas, mais e mais

Rompo o silencio no som da lágrima que abarca a noite

num beijo profundo e quente de saudade.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 31/07/2011
Código do texto: T3129636
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