(((((::::LÁBIOS ARDILOSOS:::::)))))

Inundar o VAZIO: hoje sai sangue.

Mil camadas de pó acabada a gravidade

Que lei impedirá, libertada a molécula da saudade?

Lugar distante menos lágrimas e mais sorrisos

E o que será loucura tendo amor como juízo?

A ruína compreende tudo e tende a abraçar...

Mais além (pouco a pouco) até onde podemos ir?

Tempo da falta mínima - tudo que se pode sentir

nem beleza nem fim toda a dissolução cabe no existir

Pensamento arguto.Gestos vagarosos.

Falareis de nós como de um sonho, em segredos, saudosos

manjar de delícias - de nós! - Lábios tão ardilosos!

Consciente, medito o meu destino.

E de desejos quase cometo desatinos

e sorri, quase ri, do íntimo sentido, do latejar rubro e antigo

Corpos imóveis, expostos e descobertos,

tudo quanto fica, e ainda resta

tem outras falas - AMOR - outras arestas!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 29/07/2011
Código do texto: T3125639
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.