NÓS DOIS
Que eu vivesse em função do amor,
as coisas mortas ou deliberadamente esquecidas,
os retalhos dos dias murchos, arrastados.
Um único sol derretendo o tempo,
e eu vivendo
e tu vivendo
e velhos ficássemos,
sentados à barra do entardecer,
quase felizes a não imaginar
a possibilidade de ausências,
de gestos derradeiros...
Por certo não nos faltaria
a dolorosa coragem
dos que amam,
a inconsequente ilusão
dos que creem,
a doce ingenuidade
dos que pecam.
E, em mim, pudesse, por tudo isso,
se refazer a maravilhosa
busca do sonho.
Eu te peço perdão pelo que desaprendi.
Que eu vivesse em função do amor,
as coisas mortas ou deliberadamente esquecidas,
os retalhos dos dias murchos, arrastados.
Um único sol derretendo o tempo,
e eu vivendo
e tu vivendo
e velhos ficássemos,
sentados à barra do entardecer,
quase felizes a não imaginar
a possibilidade de ausências,
de gestos derradeiros...
Por certo não nos faltaria
a dolorosa coragem
dos que amam,
a inconsequente ilusão
dos que creem,
a doce ingenuidade
dos que pecam.
E, em mim, pudesse, por tudo isso,
se refazer a maravilhosa
busca do sonho.
Eu te peço perdão pelo que desaprendi.