A ALMA DO POETA NA VITRINE

Ser poeta são sentimentos a expor

Um coração quase sempre imprevisível

Mesmo em prantos sabe bem falar do amor

Sua alma é interior mais muito bem visível

Um ser tão cheio de sensibilidade

Palavras ditas nunca alguém estranha

Alma transparente que expõe suas verdades

Com olhos da inspiração se contempla as entranhas

Alma poética num oceano de imaginações

No aquário mundo como um peixinho a mergulhar

Quem conhece sentimento vê suas divisões

A vitrine móvel para quem quiser olhar

Tão sublime é ter visão para este lado

E ser poeta quão tamanha responsabilidade

Em que conteúdo ao publico ser mostrado

Que seja reflexo de amor paz e verdade

Alma de poeta a vitrine a ser vista

Há dias que a tristeza acinzenta o seu espaço

São muitos que a esta imagem avista

Quem fala de tanto amor carente de um abraço

Vitrine esta que um dia tão cheio de graça

Já no amanhã apagou as luzes lá dentro

Alma impossível não ver o que nela se passa

Dá colo mais também necessita de acalento

De inspirações se alimenta a cada dia

Mais há certos momentos que está em jejum

Parece adormecer um mundo de poesia

E da mente do poeta não sai verso algum

Na vitrine da alma só se vê embaçado

O nó da tristeza se atravessa na garganta

As letras parecem terem do alfabeto se ausentado

Vitrine de encanto que até o lamento canta

verginia
Enviado por verginia em 28/07/2011
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