A ALMA DO POETA NA VITRINE
Ser poeta são sentimentos a expor
Um coração quase sempre imprevisível
Mesmo em prantos sabe bem falar do amor
Sua alma é interior mais muito bem visível
Um ser tão cheio de sensibilidade
Palavras ditas nunca alguém estranha
Alma transparente que expõe suas verdades
Com olhos da inspiração se contempla as entranhas
Alma poética num oceano de imaginações
No aquário mundo como um peixinho a mergulhar
Quem conhece sentimento vê suas divisões
A vitrine móvel para quem quiser olhar
Tão sublime é ter visão para este lado
E ser poeta quão tamanha responsabilidade
Em que conteúdo ao publico ser mostrado
Que seja reflexo de amor paz e verdade
Alma de poeta a vitrine a ser vista
Há dias que a tristeza acinzenta o seu espaço
São muitos que a esta imagem avista
Quem fala de tanto amor carente de um abraço
Vitrine esta que um dia tão cheio de graça
Já no amanhã apagou as luzes lá dentro
Alma impossível não ver o que nela se passa
Dá colo mais também necessita de acalento
De inspirações se alimenta a cada dia
Mais há certos momentos que está em jejum
Parece adormecer um mundo de poesia
E da mente do poeta não sai verso algum
Na vitrine da alma só se vê embaçado
O nó da tristeza se atravessa na garganta
As letras parecem terem do alfabeto se ausentado
Vitrine de encanto que até o lamento canta