Ventos.
A minha face é chão de terra batida
que rodopia ao passar do primeiro vento andarilho.
É redemoinho formado, é caos que gira ao redor
de um único eixo.
A minha face é a distorção de toda a areia,
É a junção de todos esses pontos, minúsculos, que pairam no ar...
É esse desequílibrio que espalha e reúne,
É essa poeira pisada já por tantos pés.
Inquietos ventos andarilhos, que me
torturam ao tocar-me a face,
Atropelando-me, como se não me vissem.
Invisibilidade.
E eu me viro, reviro-me...
Fuga descontrolada,
E tão inútil.
Pois eles me tomam, jogam-me
contra uma rocha, que nada tem de invisível,
e eu caio...
Insípido e derrotado,
Isto me torna digno da minha nulidade?