Abdicação...

Que cabe ainda no meu peito mais??

Já não chorei argúrias, deste amor desfeito?!

Já não pranteei tão forte dor horrenda?1!

Que culpas lança-me sobre a face nua?...

Todas as alvitres, comigo carreguei...

Não fiz sequer caras sinistras,

Lancei-me à cripta do meu destino

Descerrei sobre minh’alma o bruno frígido....

Que ainda me cobras, desse mal dispêndio?...

Por tua paga já me consumistes...

Não mais sou como dantes era..

Cáustico, impávido, aguerrido....

Morto, inerte, me fiz entorpecido

Por tua peçonha forte, em desagravo

Não mais em causas tendo, dado por vencido

Abdiquei de amar, mesmo que por momentos

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 07/12/2006
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