ÓCIO (lúcido)

Num instante de paz

aceito o limite e a loucura que existe

entre meu pensar e meu sentir.

Nesse instante de ócio

– sem ódio e sem medo de mim –

aceito o limite e acaricio meu rosto

abatido, calado, compreensivo...

Nesse instante de glória

em que esqueço o passado

e não me importo com erros

nem verdades:

basta um olhar compassivo

embevecido em perdão

– um devaneio –

que expressa o desejo de eterno.

Azé di Souza.