Ociosidade
Mórbido espaço vazio
Que o frio abraça esse ser
A tua face me cala
Nas noites frias a tremer
Em passos mancos, barulho.
Nos quatro astros que durmo
E os comentas que vagam
No torto caminhodo escuro
A brisa que esconde a fúria
Na grande aquarela dos dias
A faca, a foice, o fumo.
O trago, o câncer, o segundo.
Em crenças, medo, dinheiro.
O zelo, o tê-lo, perdendo.
Espaço, laço, pequeno.
No breve tempo, momento, vazio.