Tempo

Quando tarde eu dormi

No cedo dia de outono

A noite fria sem sono

Na parte clara do rio

O vazio, a água, a mágoa.

Na tarde clara de outono

Nas noites que tive sono

Nos copos quebrados ao chão

O álcool, o porre, o portão.

Os passos lentos, o balcão.

Um barco, o porto, o clarão.

O brilho da luz da lua

Estrelas despidas, nuas.

Espasmos de um coração.

Nas manhãs cinza e febris

O outro céu que eu não quis

Madrugadas e noites anis.

Embriagando o verão.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 27/07/2011
Reeditado em 27/07/2011
Código do texto: T3122093
Classificação de conteúdo: seguro