Tempestade passageira

A tempestade se acalma

O vento para de soprar

E a maré mansa acalenta a alma

E tímido entre as nuvens aparece o luar

Mas a tempestade de repente volta

Só que em outro lugar

Dessa vez é o meu coração que revolta

Contra um sentimento mais forte que o mar

As nuvens carregadas cobrem a luz da lua

E a chuva arrasta minha alegria

A neblina não me impede de ver a verdade nua e crua

E os raios me trazem uma lenta agonia

Minhas lágrimas caem no mar

E se misturam em profundezas

Mas dizem que é bem lá no fundo é possível encontrar

Uma das maiores riquezas

Mas não me deixo naufragar

Depois da tempestade sempre vem a calmaria

Nessas palavras não deixo de pensar

Por isso como um barco à vela, deixo o vento ser o meu único guia

As ondas de felicidade vêm e vão

E velejo nesse ritmo constante

Não há estrada de chão

Mas vivo a procura de um novo horizonte

Dáfine
Enviado por Dáfine em 27/07/2011
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