Elodia

Os pecados que se deitam sobre a cama

Abusam da pobre garota insana

Que brinca com suas bonecas já antigas

Tornando as coisas um pouco mais amenas

Sangue jogado ao chão

Corpos dos que já passaram por aqui

Memórias esquecidas sobre a mesinha

A garota chamada Elodia esqueceu que é uma menininha

Muitos já a viram

Mas também já morreram

Ela não tem controle

sobre o pecado que a domina

Na parede a cruz descansa

Dando vida ao sombrio quarto

A menina de bruços grita

Sombria Elodia, Mãe do pecado

E sobre a face ali na cruz

Uma lágrima tão linda reluz

Piedade a garota violentada

Pelas trevas que ali fazem jus

A garota assediada pelo mal

Brinca de sacerdotisa

Elimina do seu ventre a vida

Entregando-se a escuridão, que friamente a domina