Mornos tempos

Pensando bem, sinto falta dos extremos.

Não há mais músicas que me façam chorar,

Não há romances arrebatadores,

Desses pra vida inteira.

Não há mais intensos amores

Felicidade derradeira.

Vivo no tempo das paixões mornas,

Nem quentes, nem frias,

Não mortas, mas nem por isso vivas,

Mornas. Meio-termo.

Abraços distantes

Olhares perdidos

Distraídos sentimentos

As rosas são só rosas;

Declarações, palavras ao vento…