CADÊ-ME
colho o que é bom
com as mãos
com as mãos abraçando o vento,
num gesto...
um movimento.
Co’a que apura,
íris minha iluminada,
guiando-lhe o caminho
pela cintura
com a mão –
[ e eu sozinho. ]
No que a lembrança afaga
aos poucos o foco
o fogo se apaga...
Tapada e tosca mentezinha
essa mente minha.
C’olho o que é bom
meu peito vê
meu corpo come.
Tu te vais, por pouco...
Cadê-me homi?
[Entre duas cadeiras casadas
caibo eu, então...]
Vontade,
que me toma a força,
que me doma à força.