CADÊ-ME

colho o que é bom

com as mãos

com as mãos abraçando o vento,

num gesto...

um movimento.

Co’a que apura,

íris minha iluminada,

guiando-lhe o caminho

pela cintura

com a mão –

[ e eu sozinho. ]

No que a lembrança afaga

aos poucos o foco

o fogo se apaga...

Tapada e tosca mentezinha

essa mente minha.

C’olho o que é bom

meu peito vê

meu corpo come.

Tu te vais, por pouco...

Cadê-me homi?

[Entre duas cadeiras casadas

caibo eu, então...]

Vontade,

que me toma a força,

que me doma à força.

Andrié Silva
Enviado por Andrié Silva em 26/07/2011
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