Lida*
Lá vem a vida
cobrando o amor
de cada dia
castrando a melodia
e esfregando na cara
as incertezas.
Lá vem o dia
cobrando a despedida
em cada verso
em atos de ousadia
mistura de quimeras
e antecipações.
Lá vem a vida
com pote sem rodilha
degustando a saliva
e tatuando escaras n’alma.
Lá vem a noite sem rebeldia
enquanto o desejo cobiça
que a dor não mate a esperança.