MINHA LUTA
Vivi experiências fortes,
Já tive à porta da morte!
Para sobreviver contei com a sorte,
Sorte que vem de Deus – que é meu norte!
Não, não fui há nenhuma guerra,
Na verdade nunca saí da minha terra!
Minha batalha tem sido contra uma força invisível,
Que me ataca o corpo físico de modo incrível!
Desde eu criança, diz minha mãe, marcou-me a doença!
Saí da fôrma já “carunchado” - com um mês fui operado!
O corpo carunchado, mas, eu Espírito, sou um Ser iluminado!
Aos nove anos, mordeu-me uma cobra venenosa,
Desta feita tive à porta de São Pedro para uma prosa!
Essas são amostras do que sofreu meu corpo orgânico,
Apesar dos insucessos na saúde, o que me deixa atônito,
São os fracassos no meu eu sentimental - são titânicos!
Não cabe aqui sequer uma citação, meu insucesso
No amor, nos relacionamentos cabe num romance
De longa metragem, que se bem escrito, fará sucesso!
Fico a pensar: será que sobrevivi para escrever poema?
Não questiono essa Força Poderosa que a tudo governa.
Tenho inteligência e o pensamento é uma lanterna
Com a qual vou clareando os mistérios e os dilemas
Dessa epopéia maravilhosa que é Existir...
E, quanto mais os sofrimentos, causados pelos insucessos
De toda natureza, atingem-me com sua dureza, meu progresso
Vai se realizando, com certeza! Agora sei: a vida é muito mais...