MINHA LUTA

Vivi experiências fortes,

Já tive à porta da morte!

Para sobreviver contei com a sorte,

Sorte que vem de Deus – que é meu norte!

Não, não fui há nenhuma guerra,

Na verdade nunca saí da minha terra!

Minha batalha tem sido contra uma força invisível,

Que me ataca o corpo físico de modo incrível!

Desde eu criança, diz minha mãe, marcou-me a doença!

Saí da fôrma já “carunchado” - com um mês fui operado!

O corpo carunchado, mas, eu Espírito, sou um Ser iluminado!

Aos nove anos, mordeu-me uma cobra venenosa,

Desta feita tive à porta de São Pedro para uma prosa!

Essas são amostras do que sofreu meu corpo orgânico,

Apesar dos insucessos na saúde, o que me deixa atônito,

São os fracassos no meu eu sentimental - são titânicos!

Não cabe aqui sequer uma citação, meu insucesso

No amor, nos relacionamentos cabe num romance

De longa metragem, que se bem escrito, fará sucesso!

Fico a pensar: será que sobrevivi para escrever poema?

Não questiono essa Força Poderosa que a tudo governa.

Tenho inteligência e o pensamento é uma lanterna

Com a qual vou clareando os mistérios e os dilemas

Dessa epopéia maravilhosa que é Existir...

E, quanto mais os sofrimentos, causados pelos insucessos

De toda natureza, atingem-me com sua dureza, meu progresso

Vai se realizando, com certeza! Agora sei: a vida é muito mais...

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 25/07/2011
Código do texto: T3117576
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