MINHA DOR
Minha dor é a dor do povo
Que nasce nas veredas do corpo.
Ao escrever, deixo o pensamento vagar
Assim como um navio à deriva,
Sem piloto, sem rumo definido,
Assim rasgados todos os mapas
Minhas ideias me vão surgindo do nada,
do mais completo vazio
Essas mãos tensas as escreve
Latejantes em desespero
Meu berro, meu pranto
Vem das mãos proletárias
que buscam sobrevivência