Versos que compõem essa poesia
Rio, 05.09.10.
Versos que compõem essa poesia.
Ela era nada, desconhecida,
de falarmos foi ficando chegada,
quando vi já era confidente e
amiga estimada.
Dai foi um pulo, virou afinidade,
presença cada vez mais cara,
palpitação no peito, namorada.
Deus no céu, ela na terra,
musa das coisas concretas
e de todas as minhas quimeras.
De fato ela que não
era nada (a priore)
virou o próprio tudo,
o sentido do passado,
o incentivo do presente,
o motivo do futuro.
Chegou a personificar
o amor da minha vida,
depois foi virando água morna,
rotina,cobrança, desgaste.
Agora ela era insistência,
Discussão, tentativa de
resgate, impaciência,
indiferença e enfaste.
Não digo que por fim
virou ódio (antagonista do amor),
ficou no meio termo: Rancor.
Mas ela que era nada,
nunca mais nada mais
novamente me seria,
virou os versos que
compõem essa poesia.
Clayton Marcio.