NESSA VIDA

eu quero a sorte

de construir um amor novo

que não acabe ao fim do dia

que seja firme

como um adeus definitivo

como a palmeira que se inclina

que saiba bem

pôr sal em doces imaturos

e muito açúcar nas feridas

que saiba bem

como chiclete de segunda

e sobremesa dividida

[24VII2011]

“Eu quero a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida.” [Cazuza/Frejat]