NA CÁPSULA DO TEMPO!

No alpendre paralisante da inspiração,

Que o tempo sucumbe...

Sou embrião semi-morto da Poesia,

Que perambula oco no vento,

Tragado pela efemeridade em labirintos,

Gestação sem feto,

Em partos de só dores,

Peso morto moribundo,

Que jaz e não fecundo!

Túrgido e Fúlgido!

Vergo-me acabrunhado,

Acedo ao sarcasmo,

Quero ser a Morte!

Para ser simplesmente um Suspiro,

Quero ser semente no solo da Eternidade!

Viajar no compasso da Cápsula do Tempo,

Sem pés, sem mãos, sem rosto, sem Identidade!!!

(By Rachel KeKa)

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Rachel Keka Alves
Enviado por Rachel Keka Alves em 24/07/2011
Código do texto: T3115402
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