Plataforma de lágrimas
De tão solitário fez do apito do trem seu único amigo
E o esperava o dia inteiro na estação
Quando o apito se elevava no ar
o homem repetia o lúgubre cumprimento
Veio o dia em que o comboio descarrilou
O amigo ficou estendido, lá, tão distante, mudo nos trilhos
O homem solitário cobriu de lágrimas a plataforma