Minha consciência dual
Me olhando por dentro
De olhos fechados...
Amorosa por natureza
Materialista
E ao mesmo tempo
Espiritual
Conflitante sim
E afetuosa também
Contrariando o fim
Que há tempo
Os ciclos
Adaptam-se
Corrigem-se
A intuição plena
Sintetiza harmonia
Entre opostos
Até quando este
Desentendimento
Se só causa
Desconforto e
Sofrimento?
São tantos pensamentos
Simultâneos
Que parecem
Cavalos descompassados
Inerentes a vontade própria
Distanciando-se
Da felicidade positiva
Pra que tanto pensamento
Quando não se consegue
Decifrar os sinais?
Pra que tanto pensamento
Quando não se tem poder
De controlar os acontecimentos?
O que será isso!
Conhece a ti mesmo?
Será ir às profundezas do ser
E consumir-se à deriva
Depois tentar sair
Sozinha do limbo?
eU não sei onde vai dar
Esse caminho
Nem por pressentimento
E quero logo sair dele,
Que essa busca pelo
Domínio dos próprios
Pensamentos
Não me é por livre
E espontânea vontade
Já se tornou compulsão
Quero ir
Em outra direção
Antes que os meus dizeres
Se percam na contramão
Só quero agora
Os pensamentos
Nunca ditos
Sintonizados
Quero minha
Vida tecer
Para o meu destino
Em paz percorrer
Sem paradoxo
Sem comparação
Anular as reviravoltas
Libertá-las
Num adeus.