Minha consciência dual

Me olhando por dentro

De olhos fechados...

Amorosa por natureza

Materialista

E ao mesmo tempo

Espiritual

Conflitante sim

E afetuosa também

Contrariando o fim

Que há tempo

Os ciclos

Adaptam-se

Corrigem-se

A intuição plena

Sintetiza harmonia

Entre opostos

Até quando este

Desentendimento

Se só causa

Desconforto e

Sofrimento?

São tantos pensamentos

Simultâneos

Que parecem

Cavalos descompassados

Inerentes a vontade própria

Distanciando-se

Da felicidade positiva

Pra que tanto pensamento

Quando não se consegue

Decifrar os sinais?

Pra que tanto pensamento

Quando não se tem poder

De controlar os acontecimentos?

O que será isso!

Conhece a ti mesmo?

Será ir às profundezas do ser

E consumir-se à deriva

Depois tentar sair

Sozinha do limbo?

eU não sei onde vai dar

Esse caminho

Nem por pressentimento

E quero logo sair dele,

Que essa busca pelo

Domínio dos próprios

Pensamentos

Não me é por livre

E espontânea vontade

Já se tornou compulsão

Quero ir

Em outra direção

Antes que os meus dizeres

Se percam na contramão

Só quero agora

Os pensamentos

Nunca ditos

Sintonizados

Quero minha

Vida tecer

Para o meu destino

Em paz percorrer

Sem paradoxo

Sem comparação

Anular as reviravoltas

Libertá-las

Num adeus.

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 23/07/2011
Reeditado em 24/07/2011
Código do texto: T3114571