Noutras horas que se passam,...

Noutras horas que se passam, ver-te

De tanto alhures navegados, conhecer-te

Visões alucinantes e outros horrores

Paixões inacabadas, risíveis amores

Qual não o espanto da espera

Noites solitárias entre estrelas

Amanhecer sem destino, veredas

Imagens opacas de pedra e cera

Filmes de aparências, notivagos

Recados on-line, alguns amigos

Picardias avançadas de texto

Simpatias perdidas em sexo

Do olhar na janela, noturno

A nau escura que trafega

Da bela sobra ares e vela

Cantigas de amor, soturno

Donde irei, quase não sei

Ver do espelho imagem rubra

O brilho do olhar que pensei

Da voz que a solidão se cubra

Velas enfunam para continuar em busca do bom da vida.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 04/07/2005
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