Noutras horas que se passam,...
Noutras horas que se passam, ver-te
De tanto alhures navegados, conhecer-te
Visões alucinantes e outros horrores
Paixões inacabadas, risíveis amores
Qual não o espanto da espera
Noites solitárias entre estrelas
Amanhecer sem destino, veredas
Imagens opacas de pedra e cera
Filmes de aparências, notivagos
Recados on-line, alguns amigos
Picardias avançadas de texto
Simpatias perdidas em sexo
Do olhar na janela, noturno
A nau escura que trafega
Da bela sobra ares e vela
Cantigas de amor, soturno
Donde irei, quase não sei
Ver do espelho imagem rubra
O brilho do olhar que pensei
Da voz que a solidão se cubra
Velas enfunam para continuar em busca do bom da vida.
Peixão89