Felicidade

À calçada, de azul voador, Leila, anda.

Em fala pra dentro, num gesto de dor

Buscando, em àrvores e carritília, amor

Verdadeiro, de mãe e de filha.

Mãos pra cima, em prece pedindo

O grão animado, que parte da flor

Se fosse bela, como a casa amarela

O mundo se abria ao seu grande mistério

Lembra, de tudo, do tempo a vagar

Labutas e cantos, repente cismar

Vem de volta, em fé de aguentar

O tempo presente, sentindo tocar

De mago vestida, á vida avisa:

Esqueci de olhar, o olho a comida

Chorar, de mansinho, as despedidas

E, de lágrimas descendo, amar as partidas.