CACOS DE VIDRO
O espelho quebrado no chão
da rua central
mostra faces
acorda rostos
traz dias felizes
e acende o desgosto
nas memórias de passeio
Os cacos abandonados
viram armas
cortam bolsas
cortam braços...
despertam pelo raio do sol
em um lance da arma
no vazio do ar
Sempre terminam em
um lixo qualquer
longe de mãos e pés
até serem corroídos pelo sol
num desejo louco
de se ver.