CACOS DE VIDRO

O espelho quebrado no chão

da rua central

mostra faces

acorda rostos

traz dias felizes

e acende o desgosto

nas memórias de passeio

Os cacos abandonados

viram armas

cortam bolsas

cortam braços...

despertam pelo raio do sol

em um lance da arma

no vazio do ar

Sempre terminam em

um lixo qualquer

longe de mãos e pés

até serem corroídos pelo sol

num desejo louco

de se ver.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 21/07/2011
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