No Silêncio da madrugada...
Vem à noite e com ela os devaneios começam a ganhar espaço
Criando raízes e formando laços, adentrando meus pensamentos
Na madrugada de meus tormentos onde dores são estilhaços
Visto-me de cacos, instantes tempos de grande sofrimento!
Apontam-se as flechas ao alvo Certeiro
Banalmente costumeiro já sabem a direção certa
São sempre tão diretas enterrando-se por inteiro
Tamanho o desespero quando o veneno em mim penetra!
Prisão sem muros nem grades onde me encontro agora
Total aversão à esta hora quando ela de fato não passa
Somente me desgasta e a minha felicidade atora
Instala-se sem demora e o meu peito estilhaça!
Lágrimas se misturam aos sentimentos de dor
Não ouço me chamar de amor e a mente segue em delírio
A tristeza acende o pavio e na alma ocorre um pavor
Tão alto é o clamor, porém não se escuta no silêncio!