O Estranho que carrego

Eu quero a lucidez de outrora

auroras do meu existir,

as páginas da minha história

mirando no que está por vir.

Eu quero entender esse porquê

da falta de tanto carinho,

o quê devo e poderei fazer

para não mais, me sentir sozinho.

Eu quero um riso não forçado

um fado, um choro, um bandolim,

poema puro, simples, recatado,

expondo esse meu eu chinfrim.

Eu quero rir, sorrindo de mim mesmo,

sem carregar a culpa que não tenho,

e nunca mais ficar assim perdido a esmo,

por não entender esse meu lado tão estranho.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 20/07/2011
Reeditado em 25/07/2015
Código do texto: T3108017
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