O Estranho que carrego
Eu quero a lucidez de outrora
auroras do meu existir,
as páginas da minha história
mirando no que está por vir.
Eu quero entender esse porquê
da falta de tanto carinho,
o quê devo e poderei fazer
para não mais, me sentir sozinho.
Eu quero um riso não forçado
um fado, um choro, um bandolim,
poema puro, simples, recatado,
expondo esse meu eu chinfrim.
Eu quero rir, sorrindo de mim mesmo,
sem carregar a culpa que não tenho,
e nunca mais ficar assim perdido a esmo,
por não entender esse meu lado tão estranho.