AO AMIGO

Amigo, como posso agradecer-lhe

Pelas tantas vezes que precisei de ti?!

Sim, você ali sem querer ser apercebido

Surgiu de um fundo escuro e opaco

Radiando com um fio de luz cintilante

Os meus momentos de embaraços.

Amigo que tantas vezes sem fim

Emprestou-me seu ombro para chorar

E nas noites infindas de forte ébrio

Acompanhou-me até o sol raiar!

Emprestou os seus ouvidos pros lamentos

Descarregados nos meus minutos insanos.

Vejam, amizades são muitas por aí,

Mas amigo (digo amigo), são poucos!

Amigo é aquele com quem se confidencia;

Mesmo sabendo que será repreendido.

Aquele que sabe dizer sim para o impossível,

E não para os desejos imundos e profanos.

Você que me deu de beber quando tive sede,

E alimentou-me nos momentos e dias míseros.

Aquele que chorou comigo amargamente

Em minhas tristezas de cruel abandono.

Paciente, emprestou-me os seus passos

E suas mãos fortes quando estive inerte.

Quando todos enfim me criticavam,

Mesmo você sabendo que eu era errado,

Você ficou ali robusto do meu lado;

Incorporando a dor do meu triste ser.

Amigo... Sim! Você é 'O AMIGO!'

Desculpe, mas não há como agradecer!

Marcos Antony

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 20/07/2011
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