REJEIÇÃO DA TERRA

REJEIÇÃO DA TERRA

Houve um acontecimento

Que até pareceu mistério,

A terra rejeita um corpo,

Nem mesmo o caixão funéreo

A terra não estragou,

No fundo do cemitério.

Ficaram muito assombrados,

Vendo o que aconteceu.

Quando abriram sua cova,

O que foi que apareceu?

O Seu corpo estava intacto,

Pois a terra não comeu.

Foi com Luzia Medeiros,

Pessoa simples, modesta.

Viveu harmoniosamente,

Junto ao povo que aqui resta,

Se somos demônios ou santos,

Não temos letreiro na testa.

Aquele pobre marido,

Passado de sentimento,

Vendo aquele corpo seco,

Lembrou-se do casamento.

Em Vez de ter alegria,

Aumentou o sofrimento.

Era uma pessoa honesta,

Despida de vaidade.

Junto com a nossa gente

Mantinha muita amizade.

Adoeceu e morreu,

Deixando muito saudade.

Foi o corpo de Luzia

Sepultado novamente,

Foi cada qual para casa,

Todos displicentemente,

Desapareceram com o corpo

Bem misteriosamente.

O seu corpo foi velado

Mesmo em sua residência.

Rezaram muitas novenas,

Cantaram muita excelência.

O seu espírito subiu

Pra Divina Providência.

E imediatamente,

Mesmo sem explicação,

O corpo desapareceu.

Se não foi ressurreição,

Foi alguém que o tirou

É só ter compreensão.

No cemitério Capucho,

Seu corpo foi sepultado.

Um ano e tanto depois,

Devia ser exumado

E por ser Paraibana

Pra Paraíba levado.

Então essa rejeição

Que aqui aconteceu,

Foi mesmo, em Açailândia,

A história que ocorreu.

Diante de tantos fatos

Seu marido não correu.

Tiraram muitos retratos,

Só que aqui ninguém viu,

Pois os seus familiares

Isto aí não permitiu.

Sua família mudou-se

Dessa cidade, sumiu.

Evangelista Mota
Enviado por Evangelista Mota em 20/07/2011
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