NOVELA

É manhã.

Abro a janela, vejo o Céu.

Se o céu que vejo não posso tocá-lo,

o CÉU do qual lembrei não posso vê-lo

- ou a distância é ciumenta

ou os corpos físicos são facínoras de nossas almas.

Sinto-me embaraçado como novelo.

CÉU

Não posso tocá-lo

vê -lo

posso senti-lo (a alma é sentido: paladar/olfato – tato: sonhar)

em pensamento viajo – amenizo o distanciamento

CÉU

de paz

de esperança

Céu que ao longe toca o Mar.

Horizonte – Elo

Este menino quando crescer irar virar novelo – sentenciava o juiz

Aminha vida sempre foi uma novela.

L.L. Bcena, 16/11/1999

POEMA 265 – CADERNO: ROSA VERMELHA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 20/07/2011
Código do texto: T3106890
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