(((((:::::CIO OU SAL:::::))))))
Lábios me guardam a provocar o próximo enlace,
a mudança em cio ou sal, pouco se sabe!
Lábios respiram a coisa mortal que somos
após o termo deste meu corpo,
num coma de luz feito deste desejo,
apenas um pensamento...borboletas como um beijo.
Disfarce ou máscara, vai o grito da cegueira,
o delírio na manhã, a saciada loucura
do escuro em nome noturno, tudo que se queira
Como um fragor dos céus, dourada ternura
caminha o canto agudo por esta flecha
que ferida a carne nunca se exila
tempestade final das sombras,
foste, corpo, respiração com voz,
E agora que a luz desfalece e não mais a toca,
nem por ela és tocado,
a palavra deixou de ser a tua pátria
e eu deixei de ser o seu regaço
Agora, que já nada mudará,
nenhuma eternidade te rescende.
A morte petrifica o largo-frágil espaço que foi teu.