A JANELA DO POETA
Feliz, abre o poeta sua janela,
Para contemplar bela paisagem
Ao longe ouve o sino da capela
Pássaros cantam sobre a ramagem.
A natureza é sua inspiração
Flui com intensidade a poesia
Não sente o peso da solidão
Porque carrega n’alma a alegria.
Seguro joga fora as quimeras
Seus sonhos divisa no horizonte
Vê no jardim encantadas heras
Que refletem nas águas da fonte.
À tarde comtempla o pôr-do-sol
Na lira toca uma melodia
Admira a beleza do arrebol
Sentindo no corpo sua energia.
No céu fita as estrelas piscando
Aguarda também a luz do luar
Na mente uma tela vai pintando
Consegue a imaginação soltar.
Dentro de si nasce uma verdade
A conquista do verdadeiro amor
Onde conseguirá a liberdade
Pra matar o egoísmo com rigor.
Neneca Barbosa
João Pessoa, 19/07/2011