Espelho sem luz.

Acostumei-me a olhar a vida através de um espelho embaçado

Não deixava penetrar-lhe a luz,e não refletia a imagem que devia ver.

E eu via a minha imagem disforme e infiel,fui acostumando meus olhos

E assim me vi a vida inteira! Agora chorei,uma torrente de lágrimas

Caiu sobre o meu chão espelho,lavou-o por inteiro

E eu me vi finalmente,um rosto de dor,pedindo amor

O que nunca me dei,que é isso menina feia?

Eu disse ao meu eu,que de mim se escondeu

Ergui a face e me encarei sem disfarce

A luz clareou o espelho

Eu caí de joelhos e agradeci a Deus

Porque mesmo em dor,eu pude finalmente entender

Que sou eu quem mais me devo felicidade!

Que tenho que me dar amor

Enxugar meu pranto e dizer avante!

Nada de esperar do outro o que eu mesma devo me dar

Aprender a caminhar,e pouco a pouco,

Recomeçar...Reconstruir meu ser

Para seguir a vida não mais em fragmentos

Juntando tudo buscando alento

Do recém encontrado

Autoamor.

Eu prometo me amar

Me aceitar

Nos bons e maus momentos

Até que eu exale o último fôlego

De vida,a mesma que coloquei

Nas mãos de quem não devia...

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 19/07/2011
Código do texto: T3105077
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