Sigo a vida procurando.

Alguma poesia errante e solitária

Incompreendida,perdida como me encontro

Agora, tentando me encontrar em meio às pedras

Do caminho ermo da vida... Sigo, passos lentos pés sangrando

Gotejando pelo caminho colorindo as pedras no chão

Calvário do viver,mas eu não sou inculpe.

Sou culpada,falha, errante sempre...

Carrego minha estaca de tortura consciente de que a mereço.

E não há como pedir ajuda para amenizar seu peso.

Meus pés descalços sobre o pedregulho,

Costas machucadas pelo peso excessivo

Dessa vida calvário,cujo sacrifício é aprender a vida.

Caminhante,errante,carregando nos ombros o peso do meu mundo

Feito das minhas imperfeições e pecados

Esse contante errar o alvo

Infindável procura sabendo quão difícil será encontrar

Descanso e guarida,dessa luta que é a vida.

Prossigo porque essa é a única opção sensata

Viver faz-se necessário

Procurar,passo a passo

Para quem sabe um dia

parar à sombra de uma das oliveiras milenares

Respirar e dizer,sim enfim, viver...

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 19/07/2011
Reeditado em 19/07/2011
Código do texto: T3104985
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