Sigo a vida procurando.
Alguma poesia errante e solitária
Incompreendida,perdida como me encontro
Agora, tentando me encontrar em meio às pedras
Do caminho ermo da vida... Sigo, passos lentos pés sangrando
Gotejando pelo caminho colorindo as pedras no chão
Calvário do viver,mas eu não sou inculpe.
Sou culpada,falha, errante sempre...
Carrego minha estaca de tortura consciente de que a mereço.
E não há como pedir ajuda para amenizar seu peso.
Meus pés descalços sobre o pedregulho,
Costas machucadas pelo peso excessivo
Dessa vida calvário,cujo sacrifício é aprender a vida.
Caminhante,errante,carregando nos ombros o peso do meu mundo
Feito das minhas imperfeições e pecados
Esse contante errar o alvo
Infindável procura sabendo quão difícil será encontrar
Descanso e guarida,dessa luta que é a vida.
Prossigo porque essa é a única opção sensata
Viver faz-se necessário
Procurar,passo a passo
Para quem sabe um dia
parar à sombra de uma das oliveiras milenares
Respirar e dizer,sim enfim, viver...