Dona Cora, doutora honoris causa

Impossível não compor versos

Ao adentrar o lindo universo

Da dona Cora Coralina!

Na terra onde passou

Seus primeiros e últimos dias,

Velha Cidade de Goiás,

Onde por fim respirei

Seus famosos ares poéticos:

Casas, passeios, paisagens –

Impregnados com doces e versos,

Da singular doceira poetisa.

Dona Cora, gente simples,

Que nos últimos anos de vida

Disse viver o tempo mais feliz,

“Não tenho nada e nada me falta”.

E “tenho muitas mordomias,

Que não tive quando moça:

Ferro elétrico, colchão de molas...”

Goiás é apaixonante.

E como toda paixão,

Deixa saudades...

E é a dona Cora que,

Da janela do seu quarto,

Nos saúda e se despede,

Conforta e encoraja,

Tanto a dor da partida,

Como o vazio da saudade.

Quem visita a dona Cora

Quer ler mais os seus versos

E quem lê os seus versos,

Nunca abandona seu universo.

(Cidade de Goiás, 15/07/2011)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 19/07/2011
Reeditado em 19/07/2011
Código do texto: T3104835
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