para Bernardo Valois Souto (e para Miró da Muribeca)

...

nós somos os donos

das nossas verdades

e ninguém tem direito

de nos tirar ilusões

que nos caem tão bem

caia chuva ou caia sol

ninguém só tem direito

de me duvidar os versos

quando for alguém

incapaz de comprar

ou de manufaturar

suas próprias verdades

mas na verdade prossigo

caiam palmas caiam vaias

tirando prata do nariz

[2009]