CASTANHA DO BRASIL

Olá amigos vindos de fora

Gente que não é estranha

Quero falar da castanha

Da fruta que mata a fome

Quando o peixe do rio some

Do povo do rio acima

Que todo o ano enfrenta a sina

De juntar na mata os ouriços

E tirar seu alimento disso

Como a natureza determina.

Vender o excedente é preciso

Porque todos querem dinheiro

Muito antes do cruzeiro

É o dólar que manda no preço

Da fruta que é um apreço

Do caboclo dessa região

Que a transforma em pão

Que a pila faz a paçoca

Come com farinha de mandioca

Com peixe, arroz e feijão.

Desde os tempos do império

A castanha também é vendida

Fruta das mais queridas

Ameaçada de extinção

Cujo pé cortado do chão

Serve para fazer moradias

Para o povo que hoje em dia

Está mais ameaçado que a planta

Que foge para as cidades

Onde encontra dificuldades

Vende o almoço para comprar a janta.

Porém, todo mundo quer a fruta

Da castanha que é tão boa

O que não acontece à toa

Os seus nutrientes e as calorias

Servem para compor iguarias

Nas altas rodas no estrangeiro

Porque lá, quase o ano inteiro

Para enfrentar o rigoroso frio

Comem a fruta da região do rio

E assim aquecem o corpo inteiro.

Que mais dizer da castanha

Que é uma árvore frondosa

Que a sombra é generosa

Que seu porte é majestoso

Que os frutos são saborosos

Que nutre a todos que possa

Que é um perigo na roça

Que sobressai entre todas

Que tem cinco metros em roda

Que é do Brasil e que é nossa?

Luiz Lauschner

Julho de 2011

Luiz Lauschner
Enviado por Luiz Lauschner em 18/07/2011
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