Silhuetas

Silhuetas nocturnas, que vagueiam,

Trilhando caminhos enlameados

Na escuridão da noite, num silêncio inerido.

Desatinadas, deslizam em todas as direcções,

Errantes…erradas….desvairadas,

Oferecem um doce cenário de pura fantasia,

Fluindo o alimento que mata a sede,

Que acalma a prepotência de um olhar,

Ao ritmo de uma profunda melancolia,

Que inunda o coração de desilusão e desencanto,

Rolando o pranto das suas almas encharcadas

Pelo vazio que as envolve numa prisão habitual,

Culminando a sua própria existência.

Isa Castro
Enviado por Isa Castro em 05/12/2006
Código do texto: T310267