OLHOS QUE CAÇAM
Faz em meu coração, só de lhe ver,
O mais lindo jardim florescer!
Quando você está presente,
Minh’alma esquece o mundo,
Na postura de contemplação – nada vê, nada sente!
Os olhos postos em você, num silêncio profundo,
Como a venerar um ser sagrado, que sumirá a qualquer segundo!
Na verdade, minh’alma está certa, sua presença é incerta,
Meus olhos reclamam sua prolongada ausência e, em alerta,
Farol de mih’alma, reviram nas órbitas buscando-a
Em meio ao povo e lugares e horas incertas – Oh minha Musa Má,
Por quanto tempo, sozinho, vou vagar de lá para cá?