OLHOS QUE CAÇAM

Faz em meu coração, só de lhe ver,

O mais lindo jardim florescer!

Quando você está presente,

Minh’alma esquece o mundo,

Na postura de contemplação – nada vê, nada sente!

Os olhos postos em você, num silêncio profundo,

Como a venerar um ser sagrado, que sumirá a qualquer segundo!

Na verdade, minh’alma está certa, sua presença é incerta,

Meus olhos reclamam sua prolongada ausência e, em alerta,

Farol de mih’alma, reviram nas órbitas buscando-a

Em meio ao povo e lugares e horas incertas – Oh minha Musa Má,

Por quanto tempo, sozinho, vou vagar de lá para cá?

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 18/07/2011
Código do texto: T3101725
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