POEMA AZUL

Desfolham-se as dobras da manhã;

na minha cara

o jorro de luz que me concebe

o poema.

Pelas pedras de rua de chão

o brilho momentâneo de hoje.

Vejam! Há mais de um lugar

em que o verso possa discorrer.

A palavra se esgueira

entre meus dedos irregulares,

ainda nesta manhã

meu poema reles se fará azul

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 04/07/2005
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