DESESPERO
Com sede eu corro sempre aos potes,
Procurando saciar minha secura,
Arrasto pelo chão em grandes botes,
Dentro de uma noite quente e escura.
Não encontro o que procuro. O pote vazio
me traz a sensação de um nada, do medo
De morrer desidratada vendo a vida por um fio
E levar comigo meu óbito repentino em segredo.
Assim sou eu correndo para os seus braços
Procurando encontrar o seu amor paixão.
Saio em tropeços esperando seus abraços
Levando a minha alma e o esfarrapado coração.
DIONÉA FRAGOSO