Eu não espero mais.

Eu não espero mais aquela ilusão de antes

Encantamento e poesia andam distantes

Eu sem brilho nos olhos.

Sem sorrisos

Sem achar graça nas coisas que amo

Solidão apertando o peito

Coração dormindo sem leito

Só para não sentir...

A vida está puro tédio

Não vejo graça

Não há remédio

A poesia dormiu

Ou talvez partiu

Definitivamente

Porque talvez eu nunca tenha tido

A poesia que supunha haver

Talvez era mais uma ilusão

Como todas as outras

Que alimentei para dar graça à vida

Mas como toda ilusão dissipou-se

O cristal quebrou-se

A dor se fortaleceu

Meu eu adormeceu

Em dor partiu de mim...

E fim.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 17/07/2011
Código do texto: T3101258
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