Perplexidades
Perplexidades
“Quem fez de ti minha distancia
Pensou bem
Assim, muito para alem de mim
No meu caminho
Não vou sozinha”
*
São passos sem pressa
Na rota do meu destino
Nem a distância me alerta
Para que apresse o andamento
Vou bem assim
Sem cansaço e aproveito o passo
Para meditar
No meio da agitação não há reflexão
Porque é tão pobre a humana condição
Que não enxerga para alem de si
Nesse acto de presunção
E nessa conjectura se resumem as acções
Só distanciado se consegue
ver para alem de nós
A ambição subjuga e endoidece
e a luz some-se nas trevas
Não te peço para abrandares
os passos com que te distancias
pois eu não vou apressar
Não quero tornar
a agua doce em salgada
Tu assim quiseste e se faça
o que te convêm
antes que tua alma chore arrependida
Neste circunstância
os passos são como a vida
não podemos contestar a deliberação
Infelizes os que fazem da jornada
cegueira de uma ilusão
Tua distancia não me gasta os olhos
continua perdido nessa tua ilusão em delírios
A distancia dos teus passos
é igual á distancia do meu olhar e do meu amor
de tta