Perplexidades

 

 

“Quem fez de  ti minha distancia

Pensou bem

Assim, muito para alem de mim

No meu caminho

 Não vou sozinha”

*


São passos sem pressa

Na rota do meu destino

Nem a distância me alerta

Para que apresse o andamento

Vou bem assim

Sem cansaço e aproveito o passo

Para meditar

No meio da agitação não há reflexão

Porque é tão pobre a humana condição

Que não enxerga para alem de si

Nesse acto de presunção

E nessa conjectura se resumem as acções

Só distanciado se consegue

ver para alem de  nós

A ambição subjuga  e endoidece

e  a luz some-se nas trevas

Não te peço para abrandares

os passos com que te distancias

 pois eu não vou apressar

 Não quero tornar

a agua doce em salgada

Tu assim quiseste e se faça

o que te convêm

antes que tua alma chore arrependida

Neste circunstância

os passos são como a vida

não podemos contestar a deliberação

Infelizes os que fazem da jornada

 cegueira de uma ilusão

Tua distancia não me gasta os olhos

continua perdido nessa tua ilusão em delírios

A distancia dos teus passos

é igual á distancia do meu olhar e  do meu amor

 

de tta


Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 17/07/2011
Código do texto: T3101018
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