AMANHÃ VOU MORRER DE VERDADE!


Amanhã vou morrer, e nem é preciso,
Ser profeta, mago ou coisa parecida,
Ainda assim, afirmo e repito,
Amanhã vou morrer de verdade!

Sinto meu coração quase parado,
A alma infinitamente cansada,
Das tristezas, de tantas mágoas sentidas
Nesse exato momento de minha vida.

E por mais que eu tente,
Em renovar, alegrar-me, continuar a viver,
Fica no peito, na alma, em todo o corpo,
A certeza que a melhor coisa a fazer,
É ir embora... Morrer!

Não!
Não pense que sou suicida ou quem sabe covarde,
Desejando sair assim da vida,
Como quem foge das feridas ou das lembranças,
Das cicatrizes que algumas delas deixaram.

Não, amanhã vou morrer sim,
Mas,  não vai ser apenas mais uma vez,
Como de sempre!

Dessa vez, um pouco diferente,
Não morrerei somente no ato,
Mas sim, também de fato!

Indo embora de sua vida,
Curo a grande ferida que ainda arde,
Encontro nessa morte, ao menos parte,
Das respostas, e por fim, 
Entender porque tantas mentiras,
Se combinamos dizer,
Apenas a verdade!


Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 05/12/2006
Código do texto: T310055
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.