A pequena cruz caiu no chão das dores urdidas
Ao vê-la ensandecida em açoite, aos pés do altar
Rogando à Virgem Santa, teus males, perdoar.
Das faltas terrenas, e das dores  sentidas!


Que ao mundo imputou com seu furores
De mulher infiel, que não soube honrar
O lar bendito, santificado, aos pés do altar
Pobre mulher, que se faz de santa nas dores!


A lutar sem forças para o corpo torturar
Fissuras da alma de um ser que escarra...
A dor que mata sem advertência e exara...
Sentenças sem prelos, e adeus, quiçá, revogar!


Ao sair atormentada da vida no seu próprio fel,
No cálice eterno embeber  o gosto amargo no breu,

Sangue excurrente que dorme e por si, não vingou
E, por desespero doudejante - sua vida tirou!...



Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 17/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
Código do texto: T3100416
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