COMO PODE?

Como afirmar que o jiló é amargo sem o provar?

Como falar que a carne está dura sem a mastigar?

Como se saber alérgica a uma substância, sem a tocar?

Como se dizer inimigo de alguém sem analisar?

Se um “amigo” chega até você falando

Que um ou outro não presta

Não é infantil demais somente acreditar?

Ou você é um joguete que se deixa levar?

Tomar as dores de alguém, mesmo de um “amigo”

Precisa ter conhecimento de causa!

Afinal ninguém advoga na ignorância

Para não ser taxado de criança!

Quem é mais infantil: aquele que se diz amigo

E nesta qualidade pede socorro

Ou aquele que o defende sem nem saber

O que de fato está acontecendo?

Ou são ambos hipócritas, querendo só tumultuar?

Algum “lucro” atrás disso? Falta de coordenação mental?

Incapacidade de viver em grupo, dissociação?

Ou apenas a imbecilidade norteando seu lado pessoal?

Como pode existir pessoas tão medíocres?

Como dividir meu espaço com elas?

Não me peçam pra ser menos do que sou

Ou agüentar essa gente ignóbil!

Sou amante da poesia,

Dando voz ao coração.

Unir-me a essa gentinha

Seria negar esta minha paixão!

Eu idolatro a poesia

Essas pessoas a idiotizam

Eu respeito as diferenças

Elas na lama se fazem iguais!

Deixem-me só no meu canto

Eu nunca precisei de vocês

Prefiro matar minha poetisa

Do que me juntar a vocês!

Santo André, 05.12.06 – 11h23min