BORBOLETAS DA INFÂNCIA
E a poesia efêmera
se eterniza no suave voo
das borboletas...
Por entre as flores dos versos
perfuma-se mais um poema...
O poeta inventa
rimas de brisa que acalenta...
E se encanta
nos versos que canta
como a cigarra estridente
louvando a chuva...
E a alma, leve, pétala diáfana,
no horizonte flutua
acariciando estrelas...
E os versos de prata
nas rimas de ouro
festejam a lua
em seu veio precioso
coruscante tesouro...
No coração do poeta
há sempre uma festa
de coloridas borboletas
entre roseiras e açucenas
esvoaçantes e serenas
como lembranças fugidias
de abelhas e colibris
na doçura dos jasmins
e no azul das verbenas...
Os caçadores da borboleta perdida
se encontram na longínqua infância...
Suaves são as borboletas em suas andanças.
Mais sutis ainda são as nossas lembranças...
(inspirado no belo poema BORBOLETAS, do poeta Deley)...