A sina dos infortúnios

“...amor (...)se transforma / numa matéria-prima / que a vida se encarrega / de transformar em raiva. / Ou em rima.” (Paulo Leminsk)

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Cedo, fecundo o embrião da espera

Para não esquecer, sob a luz,

A meditação dos infortúnios:

“sofrer e amar, não se desafaz”

Tarde, rompo a placenta da demora

Relembrando o negrume que traduz

O momento rompante dos infortúnios:

Amar e sofrer é um(a)... Contumaz!

Cedo, tarde, calmo... Eu progenitor da hora!

Encontro no fio da vida que à mim conduz

A inevitável resposta da sina dos infortúnios:

Sem amar e sofrer, não há viver; jamais!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 05/12/2006
Reeditado em 10/11/2012
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