A sina dos infortúnios
“...amor (...)se transforma / numa matéria-prima / que a vida se encarrega / de transformar em raiva. / Ou em rima.” (Paulo Leminsk)
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Cedo, fecundo o embrião da espera
Para não esquecer, sob a luz,
A meditação dos infortúnios:
“sofrer e amar, não se desafaz”
Tarde, rompo a placenta da demora
Relembrando o negrume que traduz
O momento rompante dos infortúnios:
Amar e sofrer é um(a)... Contumaz!
Cedo, tarde, calmo... Eu progenitor da hora!
Encontro no fio da vida que à mim conduz
A inevitável resposta da sina dos infortúnios:
Sem amar e sofrer, não há viver; jamais!