OFÍCIO

É bela, meu poeta, a tua

boca,

lua cheia e flava

na noite feia;

raio esplendoroso chicoteando

o limiar do horizonte.

Dê-me uma frase

e se ilumina-me os olhos.

Retira, meu poeta, da horrível

madrugada,

uns pirilampos

e os coloca na última

palavra

do teu verso.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 04/07/2005
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